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11 dezembro, 2012

Oi vida.


       Nesse aqui eu não vou ligar se vou estar sendo coerente, eu só quero tentar passar pra você que está lendo um pouco do que acontece e não damos valor.
     Hoje o dia pra mim começou de um jeito digamos que "tanto faz" cheguei até a dizer que "não era o meu dia!" Que tolice.
     O sol hoje brilhou forte, mas ao ir entardecendo o céu se fechou por inteiro e do nada começou a cair uma chuva forte pra cacete! Apenas para aqueles que não estavam nela. Por um momento eu voltei a ser criança e fui brincar colocando a língua pra fora e sentindo cada gota e em questão de segundos eu já estava completamente encharcada de felicidade, de risos, dança e um bem estar fora do normal. Eu nunca me senti tão linda. Eu estava sorrindo de uma maneira sincera. Fechei os olhos por um momento e um filme se passou por minha mente como se tudo que eu desejo virasse um só. Parecia que pelo meu corpo ao invés de escorrer a água da chuva, escorria tudo de ruim que eu já pensei, parecia escorrer os problemas, os descasos e desamores.
     Então eu dancei, dancei e dancei mais uma vez com os pés descalços, sem música, sem ritmo, apenas com o barulho da chuva batendo no chão, vendo a dança das folhas conforme os pingos de chuva batiam nelas, vendo como a minha mãe me achava uma louca por estar fazendo isso sozinha. Então eu fechei os olhos, visualizei um sonho e pedi para que seja eterno, uma coisa que nem certa é, mas que seja. Que seja doce! E com as mãos para o alto agradeci a Deus por mais um dia de vida. Recebendo toda vitalidade da terra, abri os olhos e vi um pequeno raio de sol saindo novamente e notei que eu amo tudo o que eu tenho, eu ando sempre reclamando das coisas mas tem momentos simples como esse que me trazem a razão e eu vejo que eu não seria completamente nada sem essas pequenas coisas. Sem o sol de cada dia, sem as nuvens pra me fazer acreditar que o sol vai brilhar de novo, sem a chuva que me faz dançar, sem até mesmo a noite que me traz saudade. Eu amo detalhes, eu amo os prós e contras da vida.



"Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama" - William Shakespeare